domingo, 4 de outubro de 2020

Comunicado - encerramento das atividades por tempo indeterminado

Queridos amigos e amigas, leitores, colegas da vida,

Venho por meio deste comunicar a interrupção das atividades do blog por tempo indeterminado devido ao fato da minha filha felina Polly ter sido diagnosticada com PIF. Assim sendo, o meu foco total estará no tratamento dela. Agradeço imensamente a todos que refletiram comigo ao longo dos últimos 4 anos e meio, 149 posts e cerca de 10 mil visualizações. Quantas vezes refletimos aqui o quanto vale uma vida?

Vocês sabem que não costumo postar muito sobre a minha vida particular. Porém, hoje será diferente. Infelizmente recebemos ontem a confirmação do diagnóstico de PIF (Peritonite Infecciosa Felina) úmida – causado por um coronavírus felino -  da nossa amada Polly. Estima-se que o tempo médio de vida dela seja de, no máximo, 6 meses.  Portanto, iniciamos hoje uma corrida contra o tempo. A Polly perdeu 800 gramas em um mês e hoje está pesando 2,1kg. Enquanto houver vida haverá esperança!

Obrigado a todos e todas pela atenção!




quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Reflexão sobre as queimadas do Brasil

Nova queimada
Sangue na mata
Fogo na pata
Onça pintada machucada
Fauna acuada
Flora dilacerada
Espécie dizimada
Enquanto segue a mamata
Governo faz piada
Lágrima derramada
Violência legitimada
Natureza?
Aqui não existe mais beleza
Aproveite toda essa impureza
Sorriso falso para conter a tristeza
Crime intencional
Genocídio animal
Amazônia em chamas
Mata Atlântica
Pantanal
Homem irracional
Máscara artificial
Atendendo a interesses
Quem lucra com isso?

Fonte da imagem: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/caiu-na-rede-bandeira-do-brasil-sob-bolsonaro/

Nova queimada
Sangue na mata
Fogo na pata
Onça pintada machucada
Fauna acuada
Flora dilacerada
Espécie dizimada
Enquanto segue a mamata
Governo faz piada
Lágrima derramada
Violência legitimada
Natureza?
Vingança em forma de correnteza
Floresta consumada
Dúvidas nas velhas certezas
Cama desarrumada
Desmatando cada ser de riqueza
Casa incendiada
Calor na sua frieza
Pessoa angustiada
Polarização incentivada
Poema em forma de enxada
Fuligem no ar
Água contaminada
Cortina de fumaça
Solo sem vida
Vítima acusada
Caboclos e índios
Luta em camadas
Atendendo a interesses
Quem ganha com isso?

domingo, 13 de setembro de 2020

Reflexão sobre a política do pão e circo

Prefeitos e vereadores
Deputados e senadores
Presidentes e governadores
Andando para trás
Política de amarras
Roubo nos bastidores
Desordem e regresso
Um novo espetáculo
Show de horrores
Telespectadores
Pão e circo para entreter o cidadão
Alimento em forma de desinformação
Traga mais ração
Lobo em pele de cordeiro
A massa gritando amém
Pão e circo para a população
Salve a nossa seleção!
Uma nova distração
Restos e migalhas
Solução na base da bala
Para!
Falta água, arroz e saneamento básico
Ingredientes para o fracasso
Palhaço
Dê mais ração aos eleitores
Enfim
Gado comendo capim
Juízes amadores 
Ministros, secretários e assessores
A velha corrupção e seus favores
Legisladores e executores
Executando o Estado
De paletó e gravata
Um nó no povo
Novo?
Fogo!
Antigos pecadores
Eleitores como consumidores
E assim a boiada passa
Endividados com os credores
Os ratos se alimentam
Gados como apoiadores
Lunáticos reacionários
Velhos conservadores
Senhoras e senhores.

dia do circo
Fonte da imagem: https://brazilcartoon.com/J.Bosco/work/30479?language=pt_BR

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Reflexão sobre a independência

Dependência
Negacionismo
Terraplanismo
Negligência
Nacionalismo
Doce prisão
Cenas de indiferença
Submissão
Inconsequência
Luto, massificação
Luta, ainda que sombria
Metrópole e colônia
Teoria da conspiração
Feto fadado ao fracasso
O fato do fardado farto
Idolatria
Pobre nação
Descompasso
Território que pulsa energia
Em busca de autonomia
Sem influência
Soberania
A própria potência
Ainda que tardia

Liberdade e Igualdade

Morte ou independência?
Enfrentar velhas pendências
Oligarquias
Deixar as capitanias
Apagar as tiranias
Em plena eminência
Rebeldia
Às margens da sociedade
Marginalizado
Revolução
Proletariado
Indivíduo sem cidadania
Manifestação
Alforria
Em busca da independência
Isegoria
Isonomia
Isocracia
Ainda que tardia.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Reflexão sobre o espetáculo do ciberespaço

Curtida
Comentário
Compartilhamento
Adjetivo subjetivo
Unitário
Esquecimento
Usuário indefinido
Sujeito oculto
Anônimo
Crime escondido
Bom menino
Discurso de ódio
Pervertido
Imagem vazada
Intimidade escancarada
Espetáculo virtual
Popularidade explicitada
Igual o carnaval
Cultura digital
Remédio
Tédio
O novo normal
O artificial como natural
Livrai-nos desse mal
Ostentação
Exposição
Teatro de ilusão
Textão
Falta consolidação
Sobra massificação
Solução temporária?
Rotina imaginária
Vista cansada
Abraços no vento
Alento no relento
A máquina faz a sua parte
Alternativa
Sem privacidade
Há também a arte
A tal da dualidade
Sem segurança
Donos da verdade
Vigilância
Acesso remoto controlado
Fiscalizado
Superior conectado
O outro marginalizado
Acesso negado
Sem esquema
Falha no sistema


Ciberespaço
Confinado
Tem a parte de baixo
Apertado
Teia da teia
Cadeado
Peixes nas redes
Criptomoeda
Deep web
Dark
Nude
www
Fake news
Password
Download
Paranoid android
Internet
Qual é o seu idioma?
Sufocado
Jogando na nuvem
Humanidade em coma
Ajuda de aparelhos
Redução de distância
Brincadeira de criança
Magia da tecnologia
Esperança
Afago
Códigos e senhas
Conectado
Amor
Com puta dor
Cabo enrolado no pescoço
Desgosto
Umbigo no centro
Um novo de novo
Consumo consumado
Cidadão contrariado
Viciado
Todos querem opinar
Até desgastar
Sem embasamento
Reconhecimento no isolamento
Falam por falar
Tem que ser visto
Falado
Lembrado
Até se apagar
Celular deletado
Contato excluído
Juízes da razão
Condenado
Sem perdão
Obrigado
Imposição dos próprios costumes
Exclusão sem diálogo
Padronizado
Comunicação
Não falta explicação
Certos de suas certezas
Fé ou cega convicção?
Julgamento encerrado
Traga mais cerveja
Programa finalizado
Desplugado
O físico como abstrato
Desligado!

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Reflexão sobre o retorno das aulas presenciais em SP

Quanto vale uma vida?
Menos do que cloroquina
Pai, mãe, menino, menina
Pandemia
Qual parte não entenderam?
Miopia
Falta pia
Idolatria à economia
100 mil mortes no Brasil em 5 meses
25 mil óbitos em SP (25% do total)
Mais de 600 na Região Metropolitana de Sorocaba
Praticamente metade só na cidade
Quase 3 milhões de infectados no país
UTIs lotadas
Falta de vagas
Platô elevado
Perigo no interior
Covid cava covas
Mas não é o único
Como será no próximo dia?
Definitivamente
Agonia
Agora não é o momento
Quarentena vazia
Humanidade igual mercadoria
Tchau querida
Adeus tio, adeus tia
Contagem fria
Falta água, torneira e sabão
Falta conscientização
Quem ama, cuida
Cuide-se!
Professor menosprezado
Ninguém quer lecionar
É muito fácil criticar
Discurso esvaziado
Bolso furado
Profissional mal pago
Servidor como escravo
Conquistando menos que um salário
Gastando a sola do sapato
Enquadrado pelo mercado
Quem são os responsáveis? 
Quando pais e filhos começarem a adoecer
Quando o novo e o velho começarem a morrer
Quem vai se esconder?
Querem pagar para ver
E vão pagar caro
E daí?
Ônibus lotado
Estudo descartado
Falta de recurso
Falta curso
Funcionário público não concursado
Contratado
O estudo não está parado
Segue em isolamento
Isolado
Não é o melhor dos mundos
Mas não podemos esquecer do outro lado
Mais gente circulando, o vírus circula também
Exemplo: do que adianta cobrar se ninguém pratica?

Sala de aula vazia; retorno das aulas em São Paulo é previsto para setembro - SEE SP

Quais são as prioridades?
Falta empatia
Mas sobra cloroquina
Melancolia
Falta teste
Sem cuidado ao mestre
Acúmulo de cargos
Ensino sem renda
Falta merenda
Professor não precisa comer
Roupa repleta de emenda
Se renda...
Renda-se!
Sala precarizada
"Não existe amor em SP"
São Paulo é o epicentro
Todo dia um novo aumento
Covid cava covas
Mas não é o único
Mentira ou verdade?
Não importa cor, sexo ou idade
Falta maturidade
Vidas em risco
Quem se importa?
Ano perdido apenas para quem morreu
Para aprender é preciso estar vivo
Flexibilização acelerada
Retorno que só causa transtorno
Aula forçada
Alterando as regras no meio do jogo
Sem remédio ou vacina
Acham pouco
Leva avô, avó, filho, filha
O vírus não é só na grama da vizinha
Sem saúde não há bem-estar ou qualidade de ensino
Quanto vale uma vida?

terça-feira, 21 de julho de 2020

Reflexão sobre a austeridade

Corta equidade
Corta humanidade
Austeridade
Contra a própria vontade
Submisso às instituições supranacionais
Perda de autonomia para órgãos internacionais
Falta vergonha na cara
Falta cortar na própria pele
Corta postos de trabalhos
Corta salários
Só não corta privilégios
Nem benefícios das elites 
Menor de idade 
Pequeno empresário
Humilhado no semáforo
Sem identidade
Desespero
Austeridade
Corta a autenticidade
Trabalhador precarizado
Sem dignidade
De joelhos 
Pura maldade
Cabeça abaixada
Tentando manter a honestidade
Trabalhador endividado
Morrendo aos poucos
Qual o seu pecado?
Mas o Estado não pode ceder
Sede por lucro
Cede para o capital
Cortes
Em prol da especulação financeira
Colonização estrangeira


Corta direitos
Falta empatia
Escravidão contemporânea
Negociação direto com o patrão
Bancos continuam lucrando
Mesmo com a desgraça alheia
Sem impostos para as grandes fortunas
Mas querem lançar um velho novo tributo
Austeridade
Discurso vazio, sem verdade
Buscando cumplicidade
Cortes
Piada neoliberal
Austeridade
Sem legitimidade
Corta florestas
Corta vidas
Energia renovável para investir
Para o governo tudo é gasto
A vida se torna um grande fardo
Alívio na morte dos aposentados
Peso morto
Omissão calculada
Lavando as mãos
Garoto propaganda
Vendendo cloroquina
Quem está ganhando com esse teatro de mentiras?
Fake news todo santo dia
Falso messias


Corta saúde
Corta educação
O cidadão que lute
Austeridade
Esquecido na cidade
Apodrecendo com as ferrovias
Tantas alternativas 
Dinheiro represado nos bancos
Sem linha de crédito disponível
Pequenos negócios fechando
Filhos da pátria infectados, doentes
Contaminados cavando covas
Enquanto o dinheiro continua no cofre
País economizando os fundos da reserva nacional
Enquanto os filhos morrem todos os dias 
Cortes
Narrativa neoliberal
Sem investimento
Apenas reformas
O Estado não é empresa
O Estado não é privado
Do que adianta se submeter às leis de um país demiurgo
Se tal Leviatã atende somente a interesses oligárquicos?
Apagando a comunidade
Às margens da sociedade
Austeridade.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Reflexão sobre a obsolescência programada


Marca de nascença
Código de barras
Um dia tudo acaba
Essa abstinência que não passa
De volta ao princípio
O pequeno príncipe
Tentando ser melhor do que ontem
Com os dias sempre iguais
Correndo atrás do próprio rabo
Animal racional
Natureza artificial
Por favor, se afaste
Afaste todo o mal
Isolamento social
Anda me lembro do sorriso
Acho que o normal nunca existiu
Se eu pudesse voltar para o começo
Hoje eu nem me conheço
Adolescência fracassada
Obsolescência programada

Um dia tudo acaba
O amanhã não será como hoje
De volta ao futuro
Procuro fazer o meu melhor
Mas nem sempre é suficiente
Qual será o meu presente?
Neblina matinal
Café na cama
Novo normal
Sem saúde mental
Não quero ser como antes
Ainda lembro de você
Apagando as cinzas da memória
Embaixo da terra
Essência no espaço
Vejo a sua estrela brilhar
Constelação de touro em aquário
Enquanto isso eu continuo a lutar
Continuo sendo o mesmo otário
Embaixo da coberta
Fugindo das sombras e do frio
Sigo em frente sem saber
Data de validade
Consumo descartável
Apenas um corpo estragado
Parado
Penso no peso do passado
Pessoas especiais
Um dia tudo acaba
Adolescência inadequada
Obsolescência programada


Lembro como éramos felizes
Sobre como as coisas não duram
Se você pudesse ao menos me ouvir
Eu sei que tudo tem um fim
Guarde o melhor para mim
Talvez eu esteja atrasado
Mas eu me lembro de você
Talvez eu faça tudo errado
Só gostaria de agradecer
Programado para morrer
Eu só gostaria de agradecer
Afinal, um dia tudo acaba
Só queria saber como vai você
Seguro dentro de casa
Preso em si mesmo
Adolescência enferrujada
Obsolescência programada

Um dia tudo acaba
Máquina quebrada
Lembranças da antiga fábrica
Código de barras
Face rosada sem vida
O vento que corta
Um dia tudo isso passa
Espero te encontrar na próxima estação
Lembro que éramos felizes
Amarga recordação
Apenas um na multidão 
Distorção no espelho
Utilizando máscaras
Nem sei mais quem sou
Lembro do seu conselho
Um dia tudo isso passa
Patente registrada
Criança comportada
Etiqueta de marca
Adolescência ultrapassada
Obsolescência programada.

sábado, 13 de junho de 2020

Reflexão sobre a plutocracia

Influência do dinheiro
Lobby
Poder corrompido pelo capital
Pateta puxando Pluto
Animal puxando animal
Plutocracia
Governo oligárquico dos ricos
Empresário puxando empregado
Animal puxando animal
Plutocracia
Acorrentada democracia
Demagogia
Desigualdade social
A coleira nas mãos de poucos
Oligarquia
Nada igual
Pobres cachorros
Sonho médio
Morando com a mamãe
E ainda quer dar sermão sobre meritocracia
O novo normal
PF de presente 
Presente do papai para os filhos
Capital federal
Vergonha internacional
Receita neoliberal
Sem fronteiras
Supranacional


A coleira no pescoço da maioria
Eu não consigo respirar
Plutocracia oligárquica
Sem ar
Eu não consigo respirar
Preconceito estrutural explícito
Máscaras para esconder o sorriso
Luta de classes
Sem mobilidade social
Realidade nacional
Lucro bancário
Aumento da fome
A burguesia fede
Verticalidade
Sujeira na cidade
Pateta puxando Pluto
Puto
Plutocracia
Animal puxando animal
Empresário puxando empregado
Orgulho nacional
Riqueza material
Vale mais do que vidas
Jogo de interesses individuais
Poder sem pudor
Exclusão do povo
Desigualdade entre iguais
Raiva contra a máquina
Sistema para baixo
Pateta puxando Pluto
Empresário puxando empregado
Movidos pela força do dinheiro e do ódio
Um em busca de status
O outro por um prato na mesa
Rotina de sobrevivência
Pateta puxando Pluto
Empresário puxando empregado
Plutocracia.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Reflexão sobre o silêncio

Lugares sem vida
Espaços não preenchidos
Apenas paisagens
Imagens frias
Corredores vazios
Moradores de rua
Animais abandonados
Pessoa sem lar
Frio intenso
Nem sempre o silêncio é sinônimo de paz
Uma nova onda que se aproxima
Gostaria que fosse o mar
Preconceito, xenofobia, racismo
Quem cala consente
Quantas lembranças as areias carregam?
Uma mensagem escondida
Canção para alguém que se foi
Por favor, diga que não é verdade
Bomba no ouvido
Gás nos olhos
Falência do sistema respiratório
A extensão da miséria
A compra ao invés da adoção
Reabertura comercial por pressão
Fetichismo mascarado
O aumento da pobreza
O frio da madrugada que corta e queima
Uma vida a menos
Tantos lugares sem conhecer
O que nos sobra?
Isolado
Sozinho
Silêncio


Um doce passado
Um duro presente
O que será do futuro?
A quebra é tamanha
Assim como as ondas que quebram nas rochas
Um oceano inteiro de solidão
Eu mantenho os olhos no chão
Por favor, não nos abandone
Uma parada súbita
Um frio intenso
Manto de desigualdades
Pessoas na rua
Sem calor humano para aquecer
Apenas mais um corpo estendido
Deve haver algum mal-entendido
Uma vida a menos
Gostaria que fosse mentira
Dias cinzentos mesmo sem nuvens
Uma palavra amiga
Carta de despedida
Texto para os amigos
Nem isso
Áudio vazado em tom de desabafo
Memória apagada
Lembranças nunca esquecidas
Encontros e desencontros
O entardecer se aproxima
Espetáculo de cores no céu
Se sim...
Silêncio
Gangorra parada
Geada
Grito
Barca furada
Uma nova quebra
Uma outra estação
Estrela em chamas
Luz que se apaga
Quem cala consente
Sem tempo, sem espaço
Nem mesmo para um último abraço
Quem está pronto para o adeus?