sábado, 13 de junho de 2020

Reflexão sobre a plutocracia

Influência do dinheiro
Lobby
Poder corrompido pelo capital
Pateta puxando Pluto
Animal puxando animal
Plutocracia
Governo oligárquico dos ricos
Empresário puxando empregado
Animal puxando animal
Plutocracia
Acorrentada democracia
Demagogia
Desigualdade social
A coleira nas mãos de poucos
Oligarquia
Nada igual
Pobres cachorros
Sonho médio
Morando com a mamãe
E ainda quer dar sermão sobre meritocracia
O novo normal
PF de presente 
Presente do papai para os filhos
Capital federal
Vergonha internacional
Receita neoliberal
Sem fronteiras
Supranacional


A coleira no pescoço da maioria
Eu não consigo respirar
Plutocracia oligárquica
Sem ar
Eu não consigo respirar
Preconceito estrutural explícito
Máscaras para esconder o sorriso
Luta de classes
Sem mobilidade social
Realidade nacional
Lucro bancário
Aumento da fome
A burguesia fede
Verticalidade
Sujeira na cidade
Pateta puxando Pluto
Puto
Plutocracia
Animal puxando animal
Empresário puxando empregado
Orgulho nacional
Riqueza material
Vale mais do que vidas
Jogo de interesses individuais
Poder sem pudor
Exclusão do povo
Desigualdade entre iguais
Raiva contra a máquina
Sistema para baixo
Pateta puxando Pluto
Empresário puxando empregado
Movidos pela força do dinheiro e do ódio
Um em busca de status
O outro por um prato na mesa
Rotina de sobrevivência
Pateta puxando Pluto
Empresário puxando empregado
Plutocracia.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Reflexão sobre o silêncio

Lugares sem vida
Espaços não preenchidos
Apenas paisagens
Imagens frias
Corredores vazios
Moradores de rua
Animais abandonados
Pessoa sem lar
Frio intenso
Nem sempre o silêncio é sinônimo de paz
Uma nova onda que se aproxima
Gostaria que fosse o mar
Preconceito, xenofobia, racismo
Quem cala consente
Quantas lembranças as areias carregam?
Uma mensagem escondida
Canção para alguém que se foi
Por favor, diga que não é verdade
Bomba no ouvido
Gás nos olhos
Falência do sistema respiratório
A extensão da miséria
A compra ao invés da adoção
Reabertura comercial por pressão
Fetichismo mascarado
O aumento da pobreza
O frio da madrugada que corta e queima
Uma vida a menos
Tantos lugares sem conhecer
O que nos sobra?
Isolado
Sozinho
Silêncio


Um doce passado
Um duro presente
O que será do futuro?
A quebra é tamanha
Assim como as ondas que quebram nas rochas
Um oceano inteiro de solidão
Eu mantenho os olhos no chão
Por favor, não nos abandone
Uma parada súbita
Um frio intenso
Manto de desigualdades
Pessoas na rua
Sem calor humano para aquecer
Apenas mais um corpo estendido
Deve haver algum mal-entendido
Uma vida a menos
Gostaria que fosse mentira
Dias cinzentos mesmo sem nuvens
Uma palavra amiga
Carta de despedida
Texto para os amigos
Nem isso
Áudio vazado em tom de desabafo
Memória apagada
Lembranças nunca esquecidas
Encontros e desencontros
O entardecer se aproxima
Espetáculo de cores no céu
Se sim...
Silêncio
Gangorra parada
Geada
Grito
Barca furada
Uma nova quebra
Uma outra estação
Estrela em chamas
Luz que se apaga
Quem cala consente
Sem tempo, sem espaço
Nem mesmo para um último abraço
Quem está pronto para o adeus?