Você é o reflexo do meio em que vive. Comida, bebida, roupas, gírias e tantos outros aspectos são influenciados pelo contexto em que estamos inseridos. Em uma sociedade cada vez mais dinâmica e competitiva os indivíduos precisam se adaptar às mudanças em uma velocidade maior. Com os avanços tecnológicos tem-se alteração constante de hábitos, o que não significa necessariamente uma evolução da humanidade. Descompasso significa ficar para trás, como se todos tivessem o mesmo time. A padronização atinge o ser, o mesmo ritmo de vida imposto a diversas pessoas diferentes.
Fonte: http://diplomaciacivil.org.br/afinal-o-que-e-a-quarta-revolucao-industrial-e-como-o-brasil-esta-se-portando/
Sociedade líquida, vida líquida que escorre pelos dedos, assim como a água que escapa e foge pelo ralo. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade pós-moderna está condicionada aos seus membros que mudam em um tempo mais curto do que o necessário para consolidação dos hábitos, rotinas, formas de agir. Assim, o amadurecimento dessa sociedade está comprometido. Por outro lado, progredir é necessário e não há avanço sem revolução. Revolução significa alteração abrupta, mudança profunda, transformação do status quo, seja na política, seja social. Difícil é convergir os temas.
Tratando especificamente das revoluções industriais é possível citar e analisar quatro momentos históricos. A Primeira ocorreu na metade do século XVIII na Inglaterra e talvez seja a mais conhecida, ocorrendo devido ao uso de máquinas na indústria, potencializada com a invenção da máquina a vapor. A Revolução Industrial originária alterou completamente a estrutura do trabalho e as relações sociais, impactando desde a mobilidade por meio dos trens até mesmo na geografia das cidades, iniciando um processo que só se intensificou nos séculos seguintes ao redor do mundo. Caracterizou-se da produção manual para a mecanização e divisão do trabalho.
Fonte: https://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/
O campo foi se esvaziando, zonas urbanas se proliferaram, os burgueses prosperam, os empresários lucraram. Homem primata, capitalismo selvagem. Longas jornadas de trabalho, cidades insalubres, altos níveis de poluição do meio ambiente. Tais aspectos sociais permanecem, não mudamos tanto assim não é mesmo? As consequências são sentidas na atualidade, agregando-se no acúmulo de resíduos no ar e nos rios. Eram necessários mais recursos naturais para a manufatura dos países desenvolvidos, justificativa mais do que suficiente para a exploração dos subdesenvolvidos. Revolução, corte direto, nem sempre preciso. É bem verdade que houveram avanços tecnológicos fundamentais na indústria e transportes oferecendo mais qualidade de vida (para a minoria que assim podia desfrutar).
A Segunda Revolução Industrial ocorreu em meados do século XIX, o avanço nunca para, não pode parar, progresso em primeiro lugar! Movida sobretudo pela eletricidade fez-se luz aonde antes era escuridão. Tal mudança fora gradual (sobretudo no Brasil), mas possibilitou inovações importantes como telefone, rádio, televisão, automóvel e avião. Difícil ficar sem tais elementos hoje em dia. Nas indústrias o destaque foi no setor metalúrgico, época de ouro das grandes montadoras. Sem dúvida foi uma grande mudança. Introduziu-se os conceitos de organização industrial, otimização dos processos produtivos e padronização fabril. O conceito de massas predominava. Expoentes como Taylor e Ford são frequentemente lembrados. Os sindicatos ganharam força, lentamente o trabalhador ganhou voz, mas este último não será um processo contínuo.
Fonte: http://www.moreno.ind.br/en/news/vem-ai-a-quarta-revolucao-industrial
Cada vez mais rápido e melhor! A Terceira Revolução Industrial inicia-se após a Segunda Guerra Mundial, na metade do século XX. Trata-se do avanço no setor de telecomunicações, informática e no campo digital. Nasce aí a tão celebrada Era Digital. As fronteiras simplesmente são derrubadas pela computação e então tem-se o mundo na palma da mão. Tecnologia de ponta invade as casas e a relevância central das indústrias de outrora passa a dividir espaço com o setor de serviços. A globalização se faz presente, o capitalismo impera pelos quatro cantos do globo, tudo no seu tempo, "tudo ao mesmo tempo agora" como diriam os Titãs.
A Quarta Revolução Industrial não é um consenso (ainda), mas certamente eliminará todas as dúvidas sendo o grande fenômeno tecnológico do século XXI. Na verdade, já está acontecendo: a internet das coisas (tv, geladeira, fogão), drones, impressora 3D, nanotecnologia, neurotecnologia, automatização total, inteligência artificial, biotecnologia. Há dúvidas? O grande expoente comercial dos tempos atuais são os bancos e o sistema financeiro. Não há crise que derrube o superávit dos bancários, literalmente o monopólio do dinheiro. Os avanços tecnológicos são inquestionáveis e só fazem a qualidade de vida progredir. Mas, assim como na Primeira Revolução Industrial, nem todos podem desfrutar de tais benefícios. Obviamente que o problema não se iniciou ali, mas o sistema o fez aumentar como uma verdadeira doença social. Olhe em volta. Olhe nos centros e periferias.
Fonte: http://lumeear.blogspot.com.br/2018/02/convergencia-quarta-revolucao-industrial.html
Muito discute-se sobre as consequências da revolução vigente. Economistas engravatados cansam de dar entrevista nos jornais da GloboNews dizendo que tal processo não impactará na redução de empregos. Cuidado! Não acredite em tudo o que dizem. O desemprego é uma realidade mundial, agravada sobretudo nos países do Terceiro Mundo. A população nacional tende a crescer e as vagas diminuirão. As empresas filtram cada vez mais os seus funcionários. Portanto, haverá menos postos de trabalhos, sendo que os cargos disponíveis exigirão um alto nível de conhecimento dos candidatos (e cada vez mais). Não se trata da substituição imediata de trabalhadores por máquinas, mas de uma integração entre ambos que exigirá muito em um mercado cada vez mais restrito. Lembre-se da lei que impera nas relações de consumo: demanda e oferta.
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