Com o processo de intensificação da globalização, todos os dias há uma massificação de notícias e termos veiculados por todos os tipos de meios de comunicação. A luta pela versão vencedora da história e pelas narrativas cotidianas não são características exclusivas do século XXI, mas foram reforçadas pelos avanços tecnológicos.
Desde a invenção de imprensa por Gutenberg até a atualidade, uma chuva de palavras é disseminada sendo que nem sempre a informação é transformada em conhecimento. Pensando nisso, separei alguns termos e seus significados tendo em mente os conceitos de forma ampla e genérica que ultrapassam fronteiras e se espalham por praticamente todos os territórios. Do global ao local com vistas ao cenário geopolítico contemporâneo e baseado nas definições dos Livros da Política, História e Sociologia da Editora Globo.
Alienação: condição dos trabalhadores que se sentem distantes de si mesmos ou da sociedade devido a uma falta de poder, controle ou satisfação.
Anarquismo: abolição do governo autoritário (central) por meios violentos, se necessário, e a adoção de uma sociedade baseada na cooperação voluntária.
Anomia: um estado de confusão ou falta de normas resultante de rápida transformação social. Quando as normas e os valores sociais que governam a conduta diária mudam abruptamente, as pessoas podem se sentir desorientadas e sem propósito, até que a ordem social seja restabelecida.
Autocracia: uma comunidade ou Estado no qual a autoridade ilimitada é exercida por um único indivíduo.
Burocracia: sistema de organização caracterizado por uma hierarquia de autoridades ligadas a regras, que mantém registros detalhados de tudo o que fazem. Governo caracterizado pela especialização de funções e obediência a regras fixas.
Capital: ativos financeiros (como uma máquina) ou valor de ativos financeiros (dinheiro) usado para produzir renda. Um dos ingredientes-chave da atividade econômica, junto com a terra, o trabalho e os negócios.
Capitalismo: sistema econômico baseado na posse privada de propriedade e de meios de produção, no qual as firmas concorrem para vender bens com um lucro e os trabalhadores vendem seu trabalho por um salário.
Classe social: uma hierarquia e status dentro de um sistema social, refletindo poder, riqueza, educação e prestígio. Apesar de essas classes variarem por sociedade, os modelos ocidentais geralmente reconhecem três grupos: classe alta, média e baixa (também denominada de classe trabalhadora).
Colonialismo: fenômeno em que um país exerce sobre outro, em geral explorando-o economicamente.
Comunismo: sistema econômico baseado na posse coletiva da propriedade e dos meios de produção.
Conflito de classes: tensão que pode surgir entre diferentes classes sociais como resultado de interesses socioeconômicos diversos.
Conservadorismo: posição política que se opõe a mudanças radicais na sociedade. Conservadores geralmente defendem uma ampla gama de políticas, incluindo preservação da liberdade econômica, empreendedorismo, livre mercado, privatização de empresas e redução da interferência do governo.
Consumismo: estado de uma sociedade capitalista no qual a compra e a venda de vários bens e serviços definem a época. O termo também se refere à percepção de que os indivíduos desejam bens para construir sua identidade, consumindo além do necessário.
Democracia: uma forma de governo na qual o poder supremo cabe ao povo e é exercido por seus representantes eleitos.
Determinismo: crença de que o comportamento de uma pessoa é determinado por alguma forma de força exterior, de modo que um livre-arbítrio genuíno é impossível.
Dialética: habilidade em questionar ou argumentar; ou ideia de que qualquer afirmação, seja em palavras ou em ação, provoca sua oposição, e as duas reconciliam-se em uma síntese que inclui elementos de ambas.
Distopia: sociedade teórica caracterizada por um Estado deplorável, disfuncional.
Direita: no espectro político, as ideias de quem acredita que desigualdades socioeconômicas devem ser reduzidas unicamente através do esforço dos indivíduos.
Ditador: governante absoluto que assume controle completo e pessoal sobre o Estado. Esse governante pode exercer seu poder de forma opressiva.
Elite: um pequeno grupo de pessoas que detêm uma quantidade desproporcional de riqueza e de poder em uma sociedade.
Emigração: ato de deixar o seu próprio país e se mudar permanentemente para outro.
Esquerda: no espectro político, as ideias de quem acredita que cabe também ao Estado reduzir as desigualdades socioeconômicas.
Estado: uma autoridade organizada que tem controle legítimo sobre um território e o monopólio do uso da força dentro dele.
Fascismo: ideologia tipificada por forte liderança, com ênfase na identidade coletiva e pelo uso da violência ou guerra para expandir os interesses do Estado.
Feminismo: um movimento social que defende a igualdade social, política e econômica entre os sexos.
Genocídio: matança deliberada de um grupo de pessoas pertencentes a uma mesma religião, etnia ou nação.
Gentrificação: mudança no caráter de uma comunidade urbana decadente que é observável através do aumento no preço das propriedades e no influxo de indivíduos mais ricos.
Globalização: a crescente interconexão e interdependência de sociedades ao redor do mundo, à medida que a mídia e a cultura, os bens de consumo e os interesses econômicos se espalham globalmente.
Glocalização: a modificação de formas globais - desde tendências de moda a gêneros musicais - através do contato com comunidades locais e indivíduos.
Golpe de estado: ato repentino, ilegal e violento de derrubada de um governo ou de um líder. Geralmente é cometido por membros do atual establishment político.
Hegemonia: a conquista da manutenção do poder e a formação de grupos sociais durante esse processo. Antonio Gramsci diz que a hegemonia é a forma como a classe social dominante mantém sua posição.
Identidade: a forma como os indivíduos definem a si mesmos e como as outras pessoas os definem.
Ideologia: um arcabouço de ideias que oferecem um ponto de vista ou conjunto de crenças para um grupo social.
Imperialismo: política de estender o domínio de uma nação por meio de intervenção direta ou indireta nos assuntos de outros países, e a conquista de território e a sujeição de povos na construção de um império.
Marginalização: processo pelo qual uma pessoa ou um grupo de pessoas são excluídos de um grupo poderoso ou dominante, com a consequente perda de poder, status e influência.
Nação: um corpo de pessoas unidas pela cultura, pela história ou pela língua, quase sempre compartilhando uma área geográfica.
Nacionalismo: um senso compartilhado de identificação que é atribuído a uma nação e brota do compromisso com uma ideologia ou cultura em comum.
Neoliberalismo: filosofia política e econômica arraigada na crença de que os livres mercados, o governo limitado e as respostas dos indivíduos oferecem melhores soluções para os problemas que a ação do Estado.
Normas: regras sociais que definem qual é o comportamento esperado de um indivíduo em uma sociedade ou situação em particular.
Oligarquia: forma de governo na qual o poder é mantido por um grupo pequeno e exercido em seu próprio interesse, quase sempre em detrimento da população como um todo.
Patriarcado: um sistema de estratificação social no qual os homens dominam, exploram e oprimem as mulheres.
Racismo: discriminação contra pessoas, geralmente identificadas pela cor da pele, com base em supostas diferenças biológicas, quando, de fato, essas diferenças biológicas foram provadas pela ciência como não existentes.
Soberania: poder supremo como o exercido por um Estado ou governo autônomo, livre de qualquer influência externa ou controle. Geralmente usada para se referir ao direito de uma nação à autodeterminação em assuntos internos e nas relações internacionais com outros países.
Social-democracia: movimento de reforma política defendendo uma transição gradual do capitalismo para o socialismo, por meios pacíficos e democráticos. Seus pressupostos típicos incluem o direito de todos os cidadãos a educação, saúde, salários dos trabalhadores e ausência de discriminação.
Socialismo: uma doutrina política que visa estabelecer igualdade social e econômica.
Status: a quantidade de prestígio ou importância que uma pessoa tem aos olhos de outros membros da sociedade.
Superpotência: nação soberana com grande poder político e militar, capaz e influenciar a política internacional.
Totalitarismo: regime que subordina os direitos dos indivíduos em favor dos interesses do Estado através do controle de assuntos políticos e econômicos e da determinação de atitudes, valores e crenças da população.
Urbanização: processo de mudança das pessoas de áreas rurais para cidades, e as mudanças sociais que o acompanham. O mundo é crescentemente urbano.
Valores: ideias ou crenças a respeito do valor de uma coisa, processo ou comportamento. Os valores de uma pessoa governam a forma como ela se comporta; os valores de uma sociedade ditam o que é importante e o que não é, o aceitável e o inaceitável.