terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Reflexão sobre o Pequeno Príncipe

Uma rosa vermelha e três vulcões
Nada mais puro do que a simplicidade
Inocência nos desenhos não compreendidos
A intolerância é o mal do século
Falta de imaginação adulta
A gente cresce e se apaga 
Queima aos poucos
Perde o brilho sem curtir a brisa da calda de um cometa
Pégaso continua no céu estrelado
Quem tem tempo para isso?
Uma hora de almoço
Está tudo cronometrado
Contado como as contas que não param de chegar
E a vida passa, escorre pelos dedos

O Pequeno Príncipe está mais modernoso em 'La Planète du Temps'
Fonte: https://veja.abril.com.br/entretenimento/o-pequeno-principe-muda-e-ganha-um-ar-mais-moderno/

Uma rosa vermelha e três vulcões
Um deles inativo
Quem se importa?
O velho absolutismo totalitário de sempre
Agenda lotada, um drink e uma selfie para curar a angustia
Prazer que acaba rápido
Basta ver os cachorros de rua, os moradores de ponte
A vida é curta, mas por vezes demora uma eternidade
Donos da verdade em um concretismo gélido e seco
Apenas a voz da infância é capaz de ressoar
Um carneiro para comer as árvores do terreno
Planeta pequeno, mas para que uma casa gigantesca?
No mundo das grandiosas ostentações vence quem se mostrar mais
Presente nas redes, ausente em casa
O essencial é invisível
Além do sexto sentido
Ninguém consegue nada sozinho
O mais importante é o tempo que dedica a algo
Um "oi", um "bom dia"
Ninguém é obrigado a dizer "obrigado"
Uma lembrança, um carinho
Uma viagem surpresa, visita de última hora
Não custa nada
O problema é valorizar somente o que tem preço
Quanto vale uma pessoa? Quanto custa um amor?
Basta dedicar um tempo para falar e ouvir
Uma ligação, uma mensagem
Fotos envelhecidas na parede da sala
"As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes"

Imagem de book, art, and little prince
Fonte: https://weheartit.com/entry/203855705

Uma rosa vermelha e três vulcões
Isso já basta (ao menos deveria ser o suficiente)
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Deixar a casa para viver uma aventura pelo espaço
O universo é maior do que o nosso umbigo
Sentimentos ambíguos: uma rosa, mil espinhos
Um piloto perdido no deserto do Saara
Quem iria acreditar?
A realidade é dura
O amor deve ser cultivado
Quem sabe plantar sementes na areia?
Cavaleiro contra moinhos de vento
Divergências deveriam ser naturais
Mas e esse tal de radicalismo?
Abrigos ou abismos?
Uma raposa companheira
Uma breve passagem
Beleza mesmo na terra árida da paisagem
Quem precisa de mais?
Alguém do lado nos bons e maus momentos
Uma mãe cantando cantigas de ninar
Um pai contando histórias para sonhar
O resto é secundário

Fonte: http://www.euteamohoje.com.br/2015/08/o-pequeno-principe-5-licoes-do-livro-que-virou-animacao/

Uma rosa vermelha e três vulcões
Um pequeno planeta para se dar voltas
Ver as estrelas, assistir os cometas
A beleza do céu nos olhos do coração
Além das luzes da cidade
Quem tem tempo para isso?
Basta um carneiro e uma caixa
Um avião quebrado no meio da estrada
Absurdo? Impossível?
A esperança permanece intacta
Um verdadeiro cavalheiro
Príncipe melhor do que o de Maquiavel
Havia uma serpente no meio do caminho
Tal qual Eva e Adão?
Talvez sim, talvez não
Nunca se sabe
A convicção plena pertence aos ignorantes
Uma mordida perfeita, um veneno fatal
A morte é uma dádiva para os seres vivos
É o aviso crucial para se viver a vida
Sem tempo ou sem dinheiro?
Difícil ter tudo

pequenoprincipe2
Fonte: https://super.abril.com.br/blog/turma-do-fundao/5-motivos-para-ler-o-pequeno-principe/

Uma rosa vermelha e três vulcões
Um rei que governa o vazio
Perdidos no espaço sideral
Do que adianta as ordens sem ninguém para ouvir?
Um amigo vale mais do que ouro
Mesmo que a distância dificulte as coisas
O bêbado e o equilibrista
A euforia da droga para mascarar a melancolia sem fim
Quem nunca?
Um problema, um vício
Um homem de negócios ocupado
Sentado na sua poltrona confortável
De nada vale
Os ponteiros não param
Apropriando-se de coisas indevidas
Fechando os olhos para o que não lhe convém
Parece familiar?
Cumprir o dever
Realizar as tarefas sem saber o real motivo
Ascender lampiões para iluminar o planeta
Há nobreza na intenção de um abraço
Um sol distante, um calor humano
Um geógrafo ocupado
As estrelas também se apagam
Um astrônomo não escutado
A descoberta de B-612
Julgado pelas roupas, menosprezado pela comunidade
Racismo, preconceito, xenofobia
Isso existe ainda?
Um vaidoso que necessita de elogios
Talvez hoje seriam likes
Sozinho em si
De nada vale
Porque os ponteiros não param
Presos em números
Esquecem do ser humano
Esquecem de ser para ter
Chorar também faz parte
Não é uma questão de força
Mas de sensibilidade e sustentabilidade

Uma rosa vermelha e três vulcões
"É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar"
Embarcam no trem sem saber a próxima estação
A seriedade mata
O passado aprisiona, condena
Enquanto isso é preciso viver
Eu vejo uma montanha ao longe
Eu vejo o movimento pela janela da sala
O sol se pondo, a noite chegando
Existe coisa melhor do que isso?
Um sorriso, um beijo
E então tudo faz sentido
Ao longe apenas uma casa e uma árvore
Longe de tudo e de todos
Dentro da própria simplicidade
Afastados do barulho, do trânsito, da poluição
Um mar de esperança quando já estou cansado
Uma oportunidade para abrir a janela
Quem abrirá as portas?
É preciso regar as flores
Cuidar dos animais
Um último suspiro para não se arrepender
Pois nada é eterno, nada é para sempre
Um pequeno príncipe
Um último suspiro para fazer valer a pena
Viver.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Reflexão sobre os 30 anos da constituição brasileira e sua caracterização

A Constituição Federal brasileira esteve em destaque em 2018 tanto pelos trinta anos de sua promulgação quanto pelas inúmeras citações no período eleitoral. Alguns a defenderam, outros propuseram alterá-la e houve até mesmo quem desejou extingui-la por meio de uma nova constituição elaborada por notáveis (perpetuando assim a oligarquia nacional). Neste post, o foco será a caracterização de uma constituição, ao contrário do texto elaborado em fevereiro cujo cunho fora mais generalista.

Constituição é a norma que diz quais são os limites dos poderes do Estado, sendo responsável pela estruturação do país. É a base da ordem jurídica contendo direitos e deveres dos membros da sociedade. Tida como o poder originário, a constituição é a mãe das demais normas nacionais. Ou seja, trata-se da pedra fundamental que estará no topo da hierarquia jurídica juntamente de eventuais tratados internacionais que venham a ser assinados. Tem-se como características do poder originário: (a) inaugural; (b) autônomo; (c) ilimitado; (d) incondicionado.

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Fonte: http://obviousmag.org/arcano_do_aleph/2017/da-constituicao.html

Conceitualmente, é possível afirmar que existe o poder derivado capaz de alterar o texto original por meio das emendas constitucionais. Entretanto, para serem aprovadas as Propostas de Emenda Constitucional (conhecidas também por PECs) se faz necessário, no caso brasileiro, aprovação em âmbito federal de 3/5 dos membros das casas em dois turnos (duas vezes) de votação nas duas casas do Congresso Nacional (Câmara e Senado). Há de se ressaltar que as cláusulas pétreas não podem ser alteradas. As leis orgânicas dos municípios e leis estaduais seguem o mesmo princípio respeitando a formação regional das casas e eventuais limitações de cada ente federativo. 

Sobre as classificações, é possível dividir as constituições, de um modo compacto e superficial, da seguinte maneira: (a) quanto ao conteúdo - materiais ou formais; (b) quanto à forma - escritas ou não escritas; (c) quanto ao modo de elaboração - dogmáticas ou históricas; (d) quanto à origem - promulgadas ou outorgadas; (e) quanto à estabilidade - rígidas, semirrígidas, flexíveis ou imutáveis; (f) quanto à extensão - analíticas ou sintéticas. 

Assim sendo, pode-se concluir que a Constituição Federal de 1988 do Brasil é analítica quanto à extensão, pois traz questões diversas com assuntos específicos relacionados ao trabalho e emprego, educação, ciência e tecnologia, indígenas, etc; não se restringindo assim à organização do Estado e garantias fundamentais. A mesma é rígida quanto à estabilidade, pois o processo para alterá-la é complexo e exige articulação política. É promulgada quanto à origem porque foi elaborado por meio de um processo "democrático", não sendo imposta por um poder dominante. É dogmática quanto ao modo e escrita quanto à forma, pois foi sistematizada conforme o direito positivo e princípios jurídicos. Por fim, é formal quanto ao conteúdo porque está codificada em um único volume, caracterizando-se assim por sua rigidez e supremacia sobre as demais normas.

Fonte: http://www.assufrgs.org.br/2018/01/05/artigo-30-anos-da-constituicao-de-1988/

Já é possível notar o peso dos seus 30 anos. Isso não significa que tudo esteja errado. O maior problema do Brasil não são as leis (que são numerosas e burocráticas até demais), mas sim o descumprimento das mesmas por parte das instituições e da população. Outra falha que deve ser apontada é a falta de fiscalização e acompanhamento da aplicação das leis. Por vezes as normas são severas demais em casos pequenos, noutras as normas são brandas em casos graves. Existe também a questão das leis passarem por políticos que, em alguns casos, estão mais preocupados com a própria pele do que com o bem-estar social do país.

Sem sombra de dúvidas há explicitamente a politização do judiciário que interfere no equilíbrio entre os poderes e lança neblina sobre as respectivas atribuições. Como exemplos é possível citar os casos de discórdia no STF (Supremo Tribunal Federal) dando margem a diferentes interpretações da lei (o que causa um racha no tribunal) e do ex-juiz Sérgio Moro, que em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo em 2016 afirmou que jamais faria parte da política, contrariando a si mesmo ao aceitar um cargo político do então presidente eleito em 2018 e colocando em xeque a suposta imparcialidade que se exige de um magistrado em suas sentenças.

O cerne da questão parece estar na capacitação (educação) da população e no fortalecimento dos meios de fiscalização do que necessariamente uma ruptura com a constituição vigente. É fato que a mesma é extensa demais e necessita de alguns reparos, ser mais concisa, clara e direta. Entretanto, os indivíduos que falam em elaboração de uma nova constituição são os mesmos que sonham com um poder autoritário e abusivo. A verdadeira democracia (governo em que o povo exerce a soberania) reside na anarquia (ausência de um governo central); mas, na atual conjectura, trata-se apenas de um sonho distante, pois nenhum de nós estamos preparados para tal nível evolutivo organizacional. Até lá, a meta é atingir a estabilidade das poliarquias dos países bem-sucedidos.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Reflexão sobre o término do governo vampiresco

Por definição, o vampiro é uma figura que se mantém alimentando-se da vitalidade das outras criaturas por meio do sangue. Sobre diferentes aspectos (tanto físico presente no imaginário popular quanto no âmbito político-social) é inevitável a comparação entre o atual líder do poder executivo e tal ser mitológico. Com o término de 2018 encerra-se também o mandato do então presidente. Portanto, trata-se de um momento oportuno para refletir os fatos e analisá-los tendo o cuidado de não cometer o crime de anacronismo. Afinal, há o que temer?

O governo de Michel Temer teve início em maio de 2016 devido ao processo de impedimento aberto por Eduardo Cunha e aceito pelas duas casas do "exemplar" Congresso Nacional contra a então presidenta eleita em 2014. O novo presidente assumiu o cargo em meio a uma crise econômica do governo no qual o mesmo já fazia parte, prometendo amplas mudanças por meio de reformas para atingir o tão almejado crescimento financeiro. Como bem se sabe, muitas reformas vieram, mas o sucesso esperado não chegou.

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Fonte: http://www.tribunadainternet.com.br/por-que-michel-temer-nao-emplacou-como-presidente-da-republica/

Antes mesmo de assumir o trono principal do governo brasileiro, Temer já havia mostrado descontentamento com a chapa da qual fazia parte chegando inclusive a escrever uma carta demonstrando insatisfação e indicando uma ruptura futura. As motivações para tal desabafo possuem origens nas manifestações populares de junho de 2013 (que de certa forma marcam o início da crise econômica e política), a operação Lava Jato (iniciada em março de 2014) e a insatisfação partidária da classe política em 2015 com a manutenção do PT (Partido dos Trabalhadores) por mais um mandato após a reeleição de Dilma. Como é possível notar, Michel reagiu aos fatos que acuavam o governo.

O vice virou presidente em mais um clássico da política real repleta de conspirações e traições. A típica puxada de tapete do até então aliado, fogo amigo intencionalmente letal. A promessa era  a salvação republicana do Brasil, o eterno país do futuro. Novamente um novo estelionato eleitoral foi cometido, repetindo a baixaria protagonizada por Aécio e Dilma no ano anterior. Prometeu uma agenda reformista dentro dos moldes do velho neoliberalismo conservador brasileiro, reforçando o antagonismo entre os conceitos. Isso posto, o resultado já era previsível e cá estamos constatando os fatos. Não se trata de torcer contra ou pelo pior, mas sim a constatação de padrões que se repetem.

O personagem Conde Temeraire do Zombicide (Foto: Reprodução/Kickstarter)
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2017/06/michel-temer-vira-vampiro-em-jogo-de-zumbis.html

O vampiro limitou os gastos com educação e saúde (pilares fundamentais até mesmo para uma suposta agenda neoliberal), retirou direitos de trabalhadores, reformou o ensino com uma proposta vazia, pois ao invés de acrescentar qualidade e quantidade para o estudante brasileiro, o mesmo compactou o sistema educacional. O que o vampiro não contava é que sua máscara cairia em pouco tempo. Por meio de denúncias da Lava Jato foi comprovado que Temer e seu partido estavam tirando do país, manchando assim o "belo exemplo" da alta cúpula que usurpou o poder com o discurso de colocar a casa em ordem. O PMDB inclusive mudou de nome, tirando o "P" de partido na tentativa de iludir os cidadãos em uma falsa limpeza, passando a se chamar MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Apenas palavras ao vento.

Uma gravação na calada da noite entre Joesley Batista (um dos donos do grupo JBS) e Michel Temer veio a público e desmoronou o país. Chamada também de delação do fim do mundo, ali se comprovou a ampla participação entre políticos e empresários em casos de corrupção. Ou seja, o problema em questão é sistêmico, não se restringindo apenas a um indivíduo ou partido. 

Após o escândalo nacional, o governo vampiresco vem lutando apenas para se manter no poder e sobreviver com o pouco que resta. Foram dois pedidos de impedimento de Temer que só não passaram pelo Congresso porque o mesmo molhou a mão dos parlamentares por meio de verbas públicas, ultrapassando a casa dos bilhões de reais. Pois é caro leitor, a compra de votos tão caraterístico dos primórdios coronelistas do país continua nos gabinetes, seja de forma disfarçada ou explícita.

PMDB ou MDB? Até lideranças estão confusas com a alteração
Fonte: https://www.gazetaonline.com.br/noticias/politica/2018/04/pmdb-ou-mdb-ate-liderancas-estao-confusas-com-a-alteracao-1014127737.html

Sem moral ou estima para continuar a agenda reformista cujo objetivo principal era sugar o sangue do cidadão brasileiro, o governo não conseguiu concluir as propostas assumidas, como a reforma da previdência. Na verdade, foi um grande erro de cálculo, pois com a manutenção de Dilma e do PT no poder o desgaste seria tão grande que os mesmos não teriam a força que tiveram nas eleições de 2018. 

O que Temer fez foi acentuar desnecessariamente a crise, jogando o país para uma polarização extremada. Além disso, o governo vampiresco atingiu o maior índice de rejeição com apenas 5% de aprovação da população. O tiro saiu pela culatra e o MDB perdeu parte de sua relevância nacional. No futuro descobriremos o quão curta é a memória do eleitor brasileiro. 

Para não cometer injustiça, não se pode colocar na conta de Temer polêmicas recentes que representam um atraso para o país, todas oriundas do governo de transição de Bolsonaro que ainda nem assumiu e já causa mal-estar internacional como o ocorrido com a França sobre questões climáticas, Palestina sobre a mudança da embaixada brasileira (impactando a relação com outros países árabes), China e Cuba por questões puramente ideológicas contrárias.

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Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7wdZWlkhA10

A greve dos caminhoneiros foi o estopim para enterrar o governo e a economia. Sem renda não há consumo. Sem consumo o sistema permanece na UTI (Terapia Intensiva). Os panelaços em prol da ascensão de Temer cessaram, ficou apenas o constrangimento. O atual governo sairá pela porta dos fundos e agora, sem o foro privilegiado, muitos dos que fizeram parte da equipe terão que enfrentar a justiça. Afinal, o partido tem uma longa tradição nesse aspecto, sobretudo a ala carioca. Basta ver os casos de Pezão e Sérgio Cabral que afundaram a cidade maravilhosa. Eles conseguiram piorar o que já estava ruim desviando o dinheiro público para os próprios bolsos.

Como se não bastasse a própria incompetência, o governo vem utilizando como desculpa a greve dos caminhoneiros para tentar explicar os resultados insatisfatórios. A habilidade que os membros tiveram para negociar o afastamento dos pedidos de impedimento com os parlamentares não se repetiu para elaborar pontes de diálogos com a classe trabalhadora, sobretudo com os caminhoneiros. Fora a denúncia que paira sobre Temer referente à questão de envolvimento ilícito com empresas do Porto de Santos. 

O resultado de políticas oligárquicas é o aumento da pobreza no país, queda na qualidade de vida, manutenção do alto número de desempregados e um abismo na clivagem social. O vampiro que foi presidente do partido, presidente da Câmara e presidente do país pode agora perder o trono e se tornar presidiário. Aquele que se autodeclarava o símbolo da democracia instaurou um estado de anomia no país abrindo portas para um futuro incerto.