Feliz 2018 terráqueos. Neste ano novo podemos destacar dois eventos sazonais de grande importância para o povo brasileiro: (a) copa do mundo de futebol; (b) eleições em âmbito estadual e federal. Como futebol não é o foco neste blog (apesar de sua relevância social), trataremos sobre política e eleições. O voto é uma característica das democracias (poder do povo para o povo) cujo objetivo é obter a máxima participação dos cidadãos para com a república (coisa pública). O que quero aqui, neste ano, é tentar achar uma resposta plausível para a seguinte pergunta: como votar bem, escolhendo bons candidatos e partidos, em um contexto de apatia e conflitos sociais dentro da oligarquia política brasileira?
Segundo Montesquieu no livro "Do Espírito das Leis", as repúblicas acabam pelo luxo. Tal reflexão é facilmente constatada na realidade nacional com exemplos de corrupção como os casos Odebrecht, JBS e tantos outros espalhados por municípios e estados (basta ver a situação atual do Rio de Janeiro). Portanto, aqui já temos uma problemática: o sistema capitalista é corruptor e corrompido dentro das próprias regras criadas pela "República Democrática de direito". Mesmo assim, a Constituição brasileira obriga os cidadãos ao voto. Então, é necessário encontrar alternativas para a dissolução do status quo existente.
Neste momento é preciso deixar bem claro que não devemos dissociar candidatos de partidos porque apesar de votarmos em alguém (um candidato), a cadeira pertence ao partido. Não há como se candidatar no Brasil de forma independente, sem pertencer ao partido, este é um fato, mesmo que não concordemos. Sendo assim, não é suficiente analisar apenas o candidato ou apenas o partido. A busca por informação ainda é a melhor forma de analisar o histórico de ambos. Uma boa ferramenta de pesquisa são os sites de busca como o Google. Vale ressaltar que é preciso procurar mais de uma fonte e tomar cuidado com as notícias criadas sem fundamento, amplamente divulgadas e compartilhadas nas redes sociais sem o menor critério (as chamadas fake news).
Fonte: http://www.discrepantes.com.br/2017/05/17/eleicoes-petros-2017-informacoes/
Não adiante postergar a pesquisa e tomada de decisão para setembro. Desde agora é preciso que o eleitor esteja atento às notícias. O melhor voto não cairá do céu, é preciso correr atrás das informações e refletir para tomar uma decisão assertiva (como tudo na vida). Uma fonte para pesquisa é o site "http://www2.camara.leg.br/" da Câmara Federal. Nele é possível realizar filtros por deputados, projetos de lei, comissões, questões orçamentária, entre outros. Trata-se de uma fonte rica de informações. Outra opção é o site do Senado Federal (sendo possível realizar filtros e obter informações factuais do mesmo modo do site da Câmara dos Deputados indicado acima): "https://www12.senado.leg.br/hpsenado".
É dever do eleitor se empenhar na escolha do seu voto e assim realizar o seu papel dentro da cidadania. Efeitos manadas impulsionados por informações divulgadas pelas mídias devem ser evitados. Vale lembrar que mesmo nos meios de comunicação não há imparcialidade; ou seja, cada um conta uma notícia de acordo com o seu ponto de vista e interesse. Daí surge a importância de consultar mais de uma fonte. Outra importante fonte de consulta é a lista de candidatos ficha suja / ficha limpa por meio de sites de movimentos que monitoram os candidatos ou mesmo por meio do TSE. Neles é possível realizar filtros por região, cargos, etc, facilitando a pesquisa. Segue um exemplo para auxiliá-lo: "http://www.movimentofichalimpa.com.br/lista-de-politicos/".
Fonte: http://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-eje-n.-4-ano-3/voto-nulo-e-novas-eleicoes
Outras alternativas são consultas em redes dos próprios candidatos e dos partidos. Assim o eleitor tem acesso às ideias defendidas, propostas e plataformas de governo. Conhecer a agenda do partido e do candidato é fundamental para saber se as ideias estão alinhadas com a necessidade da população. Mais do que isso: não basta analisar propostas, é preciso verificar a procedência dos recursos para a realização de tais políticas públicas. Recursos financeiros são limitadores de ações e gestão pública, por isso é importante que candidatos e partidos especifiquem de onde virá o dinheiro. Não são poucos os casos de promessas vagas e agendas mirabolantes que posteriormente não se concretizam.
O brasileiro está entre os grandes usuários mundiais da web. Partindo desse fato, gastar alguns minutos por dia para se informar sobre assuntos políticos deve ser encarado como investimento e não como tempo perdido; afinal, trata-se do futuro de todos. As proposições dos candidatos devem conter uma problemática, argumentos conforme a visão do mesmo e respectivas alternativas para a solução (ou mitigação) de determinado problema. A política deve ser encarada como uma vocação e não como um meio de obtenção de vantagens, status e recursos. Identificar o melhor candidato não é uma missão fácil, mas é um dever dos cidadãos para contribuir com a sociedade atual e para com as gerações futuras (mesmo dentro dos defeitos e limitações do sistema eleitoral, partidário e econômico).
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